domingo, 12 de dezembro de 2010

Namoro virtual



Sei que andas violentando meus escritos no blog, que pensa em comentar meu novo status com relacionamento indefinido. Meus contatos já passam de 1.051 e meu novo álbum de fotos está restrito somente a amigos. Tudo isso ainda importa a você, não é?

Achei que nos bastasse tantas e tantas horas madrugada adentro no menssenger, fazendo planos de encontros, dividindo opiniões, trocando emoticons, mas você preferiu mesmo aquele outro perfil, garboso, com todas aquelas fontes diferentes, o texto erudito em francês, parecia ser mais autêntico!

Quanto brigávamos, você fazia questão de iniciar uma chamada de vídeo na web, olhar no fundo dos meus olhos e discutir a relação. Eu orgulhosamente hesitava, louco querendo te responder, mas motivado pelo charme da indiferença, permanecia off-line. O_o

O que mais me incomoda, é que nem se preocupou em me avisar com um singelo scrap. Fiquei a me perguntar se havia eu demorado em responder algum de seus e-mails, ou se não gostou de algo no meu profile, ou ainda, se minhas comunidades não atraiam mais... E os depoimentos, quantos enviei a você? Perdi até a conta! ¬_¬

De nada valeram aqueles testes de compatibilidade de perfis. Apontavam o seu como meu perfil gêmeo, o profundo significado de todos nossos caracteres, a essência dos nossos html´s, afinal compartilhávamos dos mesmos chats, sem falar dos sites de compras onlines, eram todas idênticas. Um verdadeiro infame. =(

Não entendo por que ainda insiste em visualizar minha página. Descobriu que aquele perfil lá é um fake? Que as fotos são todas editadas no photoshop? Bem vindo à vida real.

Minha sorte de hoje diz que para que exista o novo, devo desfazer do antigo, contudo, deixarei de ouvir as músicas que fiz dowload e que você tanto gosta, começarei vida nova, não preciso nem dizer que tá deletado...


^__^

sábado, 6 de novembro de 2010

meu mar


Hoje pela manhã, tive novamente aquela sensação de saudade. Estranho é que não sei exatamente de que, ou quem, me faz sentir saudoso. Sei apenas que me deixa feliz.

Foi então que pude perceber a associação de SAUDADE com imensidão de pensamentos, mundo onírico, longe, partida, sem fim... O mar.

Ouvi algumas músicas do mar, e sim achei aquilo que procurava entender.


‘Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei nada de mim’
(Ana Carolina)

‘O mar quando quebra na praia, é bonito é bonito, nunca sabe se volta, nem sabe se fica!’
(Dorival Caymmi)


‘Ver na vida algum motivo pra sonhar, ter um sonho todo azul, azul da cor do mar...’
(Tim Maia)

‘Há que tirar o sapato e pisar com tato nesse litoral’
(Marisa Monte)

‘Como um bom barco no mar, eu vou, eu vou!’
(Otto)



Contudo, me vi nessa transcendência de vontades, sonhos e memórias. Algumas coisas foram, outras ainda esperam ser. São tantas conotações. Estou à interpretar-me.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

beira-mar


O mar é muito. Aglomerado de ressaca moral, areias que dissolvem ironias, leva amores e engole a lua. O mar que traz azul. Tem a brisa, molha o mundo e bebe segredos.

Leva você, e traz o sal.

O mar que todos conhecem, e não sabem nada. É lá que tudo se esconde, pérolas surgem e é onde o horizonte se encontra. Porto de chegada, margem de saída.

A beleza das ondas, a densidade da água e profundidade de sonhos.
(Queria ser como o mar)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

registro

Ele acendeu-se o dia
então abriu o céu com você
Teve tempo de molhar os punhos
e coragem para secar os olhos.

- Por que choveu o rio e secou o dia?
(Vanguart)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eróticos? Sim, exóticos!

03:20 p.m

-Tudo bem?
-Tudo.
-E aquela pessoa?
-Não existe aquela pessoa!

-Nossa que profundo.
-Cavar, cavar e cavar.
-Tem uma comunidade ‘Prazeres da Vida’, você sabe, entre amigos...
-É? Não sabia.
-Podemos começar?
-Sim!

Aos poucos, a luz da sala que já era pouca, sumiu. Ficamos no escuro. Houve risos perdidos, leves sussurros e alguns chocolates. Prosseguimos:

-E então?
-Hum?
-Foi bom pra você?
-Sim.
-Também gostei muito!
-Só que foi um pouco rápido demais...
-A mais valeu à pena, né?
-Sim, foi um prazer.
-Já te falei que deveríamos vir mais vezes ao cinema!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fuga nº 02



É assim que vão embora? Como as cores daquela roupa que desbotaram, as chaves que se perderam pelas ruas à fora, as poesias que não rimam. De repente! Como cartas sem remetente guardadas na gaveta, ideias despretensiosas e passageiras, como o correr de um único minuto, breve e que o longínquo passado rouba-o pra si. Talvez, como o despertar de um dia especial marcado no calendário, ainda, como o retrato tirado neste mesmo dia. Como um orgasmo marcante e casual, como os outros pecados perfeitos que se escondem na carne. Um simples déjà vu entre dois estranhos que se encontram pela primeira vez e são tomados pela sensação de já se conhecerem a tempos.

É assim que sentimentos mudam e acabam? Flores murcham, noites padecem. De repente! A liberdade que segue com os trilhos da estação. Chuvas cessam e dias nascem. Como um suspiro aliviado ou como um ofegante susto! Como a tragédia que você sempre chora mesmo depois de ter visto muitas vezes. Como o meio fio que se perde no subliminar detalhe, como um quase certo ou meio errado, certeza e contradição.
Neste momento, é assim que tudo se define, se ocupa e vai brevemente... Adeus!


http://palavravulsa.tumblr.com/post/1186162523/eu-sei-que-quando-anoitece-nos-teus-sonhos-tambem

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Commedia triste



Pierrot apaixonado
mostra cores que não têm
A lágrima triste sobre a maquiagem,
o bem-me-quer que não vem.

Pierrot errou de Colombina
preferiu ser escondido
Outro levou sua majestosa flor embora,
deixando espinho à ser recolhido.

Pierrot sem sentido
sem fins, começos e meios
No jardim sem flores
de um só amor e alguns devaneios.

Pierrot recolhido
à sua espera tardia,
na janela parado
Oh! Tolo de inocência, ela não vem nesse dia.

Pierrot espera seu happiness
um final lindo em preto e branco
O que será desse amor?
Nada mais que pranto.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Conversa poética

Sobre o amor


AP:
- Mensagens de saudade, um amor platônico, talvez. Intimou-a uma descoberta que se aflorou por entre as mãos. Rubor no rosto interrogativo. Resposta morna. Nem quente de clemência, nem fria de remissão. Permanece imaculada, a verdadeira distorção. Quem é que sabe? Só o coração.

EG:
- Amores platônicos, pulsantes ao coração, falado por bocas injúrias mornas. Entre paredes da sala, estampam a mais pura e bela infidelidade do perfeito. A bela moça também o fitava. Em coito, verdade, mas o prazer do platônico é limitar-se ao quase. Hoje ainda, aponta-se interrogativa o seu semblante, e eu um mero cúmplice de seus segredos.


Sobre a amizade


EG:
- Celebrar aqueles que compassam o mesmo comum, vivem os mesmos flertes de memória. Aos conjugues amigáveis de verdade, excitações, exclamações e outros ressentimentos, é ter porto ao navegar sem padecer de ser só. Um brinde ao nosso conluio, um brinde a nós!

AP:
- Sim, aprecio! Um brinde a nós. Um brinde a vida, a falácia do viver, brindar ao único, inusitado. Comemorar a arte de viver, no limite do ilimitado, na mentira mais verdadeira... Sentidos e sentidos. Sentir que ter alguém vale mais que ter a si próprio.




sexta-feira, 13 de agosto de 2010

In-confissões




São exatamente 02h42min de sábado. Segundo os meteorologistas do jornal, aproxima-se uma frente fria ainda nessa madrugada. Estivesse a conferir esse frio se não fosse a insônia, minha oportuna companheira. Conversei comigo mesmo sobre o decorrer do dia. Na verdade, as coisas que imaginei durante o dia. Pensamentos inacabados, pretensões, confissões que nunca fiz.

Tudo isso se deu, em primeiro instante, no ônibus. Estava com fones de ouvido, e assim como um surto, lembrei de coisas que nunca disse, e carrego comigo como souvenirs. Seria notório lembrar o que as impediu de serem ditas. Medo de inconveniência? Timidez? Não sei explicar ainda.

Agora são 02h51min, olhei meu twitter, passei por páginas do orkut. A tv está a passar uma comédia horrorosa de policiais. Talvez depois de ter escrito o parágrafo acima, busquei uma resposta que combinasse com a hesitação antiga.

Logo, correu-me um sutil incomodo por guardar posições que, se antes tivessem sido apontadas, tudo seria diferente, ou a mesma coisa sem o pesar dessa até então, inconsciente bagagem.

Uma vez me disseram (fazendo referência a uma especial amiga de sempre), que todos têm um não gratuitamente, e admirável é ser o que se é sem fugir de nada que pareça não ter solução. Não o fiz, mas acho que entendi hoje o que quis dizer.

Obrigado pelo conselho e pela foto!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

decifra-me


Ela que diferente de tantas outras, em frente ao espelho, batom vermelho, o salto alto e as curvas à mostra. Nua. Nua de amor.Tudo que conhecia era o prazer, corpo. Só.

Tantos viram seus olhos estreitos, tantos lhe escreveram poemas. Os que dançaram tango até as 03h 41 min da manhã. Os que lhe pagaram drinques e juraram amor eterno. A esses que nem o nome sabia. Carlos, João, Antônio...Não se importava com números. A cada um fazia-se única, era mais que casualidade. Havia estado em varios mundos, porém ninguém decifrava o seu.


rapta-me
me adapte-me
me capta-me
it´s up to me
coração
ser querer ser
merecer ser
um camaleão
rapta-me camaleoa
adapte-me ao seu
ne me quitte pas...

Caetano

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

bird

você é isso
estrela matutina
luz que descortina
um mundo encantador
você é isso
uma beleza imensa
toda recompensa de amor sem fim
(...)
Eu ouvi um cantar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Poética de um palavrão


Em certos momentos, bem aqueles que expressam grandes frustrações, seja de maneira capciosa ou não, ainda outros que representam o grau máximo de coloquialismo, malandro, talvez... Eis que saltam da boca os verbos culposos e incriminados.

Sim, são aquelas palavras que desde crianças e por crianças somos desafiados em dizer (Eu duvido você...) e que nos foi censurado por nossos pais. Aquelas que devoram o moralismo e acentuam a falta de educação. Se bem que há pessoas que pedem a exclusividade da vertente mais punk da língua.

A partir disso, tenho uma interpretação um tanto fantasiosa e nem tão discriminativa em dizer um palavrão. O fato é uma reflexão que li pela internet, e depois assisti em um espetáculo. Fez-me lembrar de um fato curioso.

Em uma das idas e vindas do trajeto casa-trabalho-faculdade, estava ao ponto de ônibus, escorado pela mochila cheia de superfluidades necessárias, o celular toca. Atendo, é uma amiga:

- Oi vadia!

Pronto. Percebi que as pessoas que estavam em minha volta olharam-me com estranheza. Logo evidenciam o desprezo pela palavra vadia. Claro que nos era íntimo a troca de afetos de calibres potentes.

A verdade que a palavra apontada como "baixo-calão" em seu sentido mais profundo e poético (não que eu tenha uma visão Polyana de tudo) fazem sentido, por exemplo: VADIA neste caso se apresenta como adjetivo simplificado do vocábulo vadiagem. Aquele que se ocupa de vadiagem, uma vez que não entendida no lado sexual e pejorativo, mas no sentido boêmio e original daquele que se consome de fazer um nada intelectual.

Logo, é nobre a contextualização. Contudo, e de maneira afetiva, dedico a esta vadia esse post.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cinema Paradiso


Protagonista de seu amor
Eu não sei dizer se era magia ou lealdade
Se você estivesse em minha alma só por um dia
Você saberia o que eu sou
O que me fez apaixonar.

Naquele momento em que estive junto a você,
O que tento dizer é que,
É só amor...

Josh Groban

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Despedida

Era tão parvo seu semblante inquieto, a ele que se deixou encantar ao frívolo sentir, vinha-lhe o pesar de sentir. Não era amor próprio. Fossem todas as piadas que ouviu ela dizer, as músicas que concordavam, fossem todas as vezes até tarde sem motivo algum. Andava pelas tantas esquinas desordenadas, tortas que só o lúdico tem aos olhos. E tudo que fez, mentiras necessárias, a repugnância a verdade triste que agora já não era mais. Despediu-se desses sentimentos velhos, não compartilhados, talvez só com outros de si. Foram cantando baixo, querendo ser diferente, tentando deixar de ser.

Amor não chora
Eu volto um dia
O rei velho e cansado
já morria

Perdido em seu reinado
sem Maria
Quando eu me despedia
no meu canto eu lhe dizia:

-Já vou, já vou....mas não conduzia.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Passeio


Não haverá um equívoco em tudo isso?
O que será em verdade transparência
Se a matéria que vê, é opacidade?
Nesta manhã sou e não sou minha paisagem
Terra e claridadese confundem
E o que me vê
Não sabe de si mesmo a sua imagem.
(...)
Hilda Hilst

Olhos de si mesmo


(Pode não fazer sentido, fosse o peso das palavras)

Pode não ter sono,
pode não ter sonho
Fosse insônia, ressaca ou desvario
toda a fervura de pensamentos.
Pode não ter canto,
pode não ser encanto
Fosse o jornal de notícias que não importam mais
toda espessura que se forma.
Pode não ser santo,
pode até mudar o manto
Fosse à reza que cansou
e nem poética ecoa mais.
Pode não ser brando,
pode faltar céu
Fosse à chuva
e tudo limitar-se ao quase.








quinta-feira, 27 de maio de 2010

Queres?


Quero ser eu,
aquele que o olha nos olhos
Seu cabelo robusto, sua barba mal feita
seu café simpático e que simpático.


Quero ser eu,
aquele que o toca nas mãos,
sentir aquele calor pretensioso
e que logo se entrega ao vulgar.


Quero ser eu,
um sorriso sem medo, choro sem motivo,
ser mais um dia,
um céu e algumas palavras.


Quero ser eu,
a dúvida, a satisfação
a flor, a canção
o desejo e o coração.


Quero ser eu,
o amor consumido
esse mon amour erudito
ignorado pelo seu querer ser.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Soneto da cidade


Eu vou me perder pela cidade
perder você dos meus pensamentos,
seria uma falsa felicidade
e um verdadeiro firmamento.


Em cada esquina, passos e vaidade
calçadas tristes, pessoas pelos pavimentos
Esquecer uma flor murcha por saudade
a ela restou voar aos ventos.


Entre os prédios e o cinza céu, idade
desamor quebrado, desvairado
Excesso de verdade.


Esse amor permite questionamentos
mas seus olhos fechados, meus pés perdidos
na cidade, isso fica sem cabimento.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Conversa, tempo, beijo




Você me disse que o céu borrou a cor
Olhei e vi, azul.
Então, delicadamente, pegou-me a mão e apontou.
Não consegui ver, talvez miopia minha.
Quanto na verdade, era apenas um pretexto seu para aproximar-se.
Enquanto procurava o céu, seus lábios procurou os meus
e rapidamente, consumiu minha inocência
Surpresa!
Peguei-me envolta nos braços teus,
Disse que tinha intenção de roubar-me um beijo,
sorri tímida e pensei:
-Não sabes que inventei miopia como pretexto para melhor padecer de sua companhia.
Inocência dupla.
Parecíamos crianças, parecíamos acanhados apaixonados e o céu parecia azul.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sobre os sonhos



Alguns sonhos voam pra longe, esfumaçados coloridos. Circunstâncias não premeditadas que os fazem voar. Desencarnam-se dos pensamentos, os suspiros tolos, os cantos de sábia.

É te-los como balões de história em quadrinhos, suspensos no ar. O bom é que expressam as sensações mudas, eufóricas. Ai, ai, eu sei...parece até que o mundo se faz mais mundo, e não se caminha vazio.




sexta-feira, 19 de março de 2010

mensagem

São Paulo, 18 de Março de 2021.

Querida,

Eu ainda te amo. Disse algumas vezes que havia cansado deste amor tolo, utópico de suspiros profundos, musicas perfeitas, delírios noturnos. A verdade é que ainda és dona de todos meus pensamentos. Os sonhos que guardo e que nunca a entreguei.

Sinto que nada mudou. Certo, correram-me anos, e meu maior tesouro encontra-se perdido contigo. Não culpo minhas palavras covardes, ambíguas que tanto a segredaram esses anos todos. Fomos vítimas fragmentadas da dimensão psicológica de meu amor.

Com tudo isso, passei apreciar os paralelos desamores. Sambei desconcertados muitas vezes, queixei-me à rosas, e adivinha, elas não falam. Quantas vezes ensandecido de loucura falei sozinho, parou o relógio, cobriu-me à noite de insonia e nada restava além da monotonia de sua ausência.

O que posso eu, se não amar-te mais e mais, seguir esse ciclo vicioso, talvez fosse eterno, vermelho soluço. Se ao menos uma vez, pudesses você. És tão finda que rouba-me até mesmo as palavras, fossem todas minhas clamações, exclamações suas, provarias eu deste zelo que me abstém.

maior se faz meu amor,

A. C.

terça-feira, 9 de março de 2010

Palavra conjugada

Poderia enviar-lhes flores,
escrever-te inúmeras cartas
de juras minhas
promessas de mentiras,
coisas que eu não sou.
Poderia dar-te meu nome
atestado em papéis,
testemunhas oculares
Inventar-lhe histórias para te fazer rir
Ouvir cantar sua música preferida,
e que também será minha preferida.
Poderia falar-te todos os dias de meu amor
Falar-te o que não consigo falar,
o que falta e precisa falar
e assim desejar que meu amor fosse efêmero
para apaixonar-me toda a vez por ti
Consumir desespero,
meu desespero único e particular em pensar não ter,
amor.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Diálogo Dois

Uma mulher bem vestida se aproxima e pergunta a outra mulher no ponto de ônibus:

-Bom dia moça, tudo bem?
-Poço ser sincera?
-Sim!
-Tirando a ultima frente fria que cobriu o sol e afastou o calor excessivo dando lugar a chuva fina, porém, chuva capaz de causar hoje dia primeiro dia útil do mês de Março, um dos maiores congestionamentos do ano, para ser mais exata, o segundo. Ainda desconsiderando que este descontrole ambiental deve-se ao consumo acelerado de seus bens, o que por outro lado pode ser visto como a deficiência do conviver em sociedade, e que ainda assim, muitas pessoas insistem em manter insinuando status, poder no mundo social. Tenho eu uma crença que pode até ser uma visão romântica da humanidade, mas que na realidade não tem nada de realidade afinal é embasada na história grega de Pandora, e que posteriormente virou um ditado popular, cuja a esperança é a ultima que morre, acredito que isso um dia mude.


-Nossa! Eu só queria saber que horas são...creio eu estar atrasada!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Avenue


Corpo negro que irradia mistério sob a minha minúscula refração, soluços ritimado. O pranto escorrendo dos olhos vermelhos. Longe foi amor que passou. Portas estreitas, janelas fechadas. Não pode acertar.

Alvo indefinido, forma perdida que muda de cor a cada passada de pernas. Um tanto entre o azul do céu e o do mar com o horizonte ao meio. Deixa confundir personagem de muito pouco a dispor. Na verdade, nada. Tamanhos diferentes que cabem em um mesmo corpo.

Só. Seguiu o caminho pela avenida deserta. Brotou algum outro que se perdeu logo em seguida. Permaneceu ainda com o ato. Nem todas as palvras ouvidas realmente foram ditas. Maldizer da afeição, consentir em ouvir. Entre o asfalto não mais que pedras.

Ainda, movimentam-se carros, faróis. Oscilam os sentidos. Amor, desamor. Um misto confuso em paralelo sob a calçada. Infinito limitado ao desejo, olhar e palpar. Tudo isso e mais nada, amor de paixão. A avenida foi reto ao soprar do silêncio que voou.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

more

manhã morna, mundo muito
mesmas musicas,
malas mortas mudam memória,
moinhos, magias, mitos.
metáforas modelam matrizes
meus monótonos membros
maçã mordida
meu

sábado, 16 de janeiro de 2010

Atemporal - H²O a Biografia

Ontem foi um dia atemporal. Nos reunimos, pedimos pizza e bebemos vinho, e como efeito, logo veio as reticências de uma safra nem tão recente dos seis. Inesquecíveis e distintas horas vividas, beleza de incontáveis sorrisos. Uma verdadeira viagem que ultrapassa qualquer limite do saudoso pretérito, do exato presente ou do incerto futuro!

- Galera, agente tá tão unido hoje... [censurado].

E da memória, saltaram: Os primeiros nomes:

H²O: Dois Humanos sobre Osasco
Apocalipson
H² Gênios

A pose sexy, capa do 1º CD, o dia do creme verde na blusa, do vinho de maracujá ou grito discreto no escurinho do cinema:

- Quem tá com o pescoço quebrado aí? – lembra Jé?

Inconstante foi mesmo a queda de muitas etapas da Cindy, os tamancos de madeira partidos da Nathy, o curioso e brega blazer de festa junina da Lê, a preferência do Tio “Bisteca ou linguiça?” O grito ensaiado [Eu digo H, tu diz 2 O...H²O] da abertura do show com fogos de artifícios ao fundo. Aplausos a vitória no festival de musicas da escola, 3ª colocação com 4 concorrentes e um desclassificado. Alguns risos perdidos. Foras também houveram.

-Eu conheci uma pessoa legal, não que você não seja legal. Só que mais legal ainda...

E no 15º aniversário da Nathy, o grande coração de pelúcia, o risca faca e o excepcional vale um livro. A curta piada da galinha, o osso buço tutano de boi, acidente com a placa no estacionamento do Super Shopping, o grito desordenado e ocasional na praça de alimentação, ainda, a queda da van:
- Nathyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy! – diz Jé, mesmo escândalo feito na casa da Lê por causa de um minúsculo pedaço de bife.

Das muitas vezes na Bem Nutrida, dos Lanches do Irmão, as Batatas da Mulherrr e com três RRR. Um verdadeiro Mc Osasco. O frango frito a La farofa no shopping, os brigadeiros de colher e bolos da Lê, a Jé vomitando depois de uma rodada de tudo isso, caindo pela rua bêbada por doses de Coca. Ah e claro, os pães com manteiga, e a famosa Dunguinha do programa aprendiz!

Quanto à espera para ser padrinhos de casamentos, e que espera, até hoje nada. Agora inexplicável é a semelhança entre Roberta Miranda caminhoneira de chapéu largo coma Cindy. Pior que isso só a progressiva mal sucedida da Jé, fedeu! O Tio gritando pelas ruas - CARLENE???? Ah, e a Lê canhão, dizia ir pra Europa:

- Ele vai virar jogador de futebol profissional e vai jogar na Europa. Vou ficar noiva e riquíssima! – risada irônica seguida pela delicadeza da mão com unhas ruídas na boca – Róró! - mó dó.

As fantasias reencarnadas no Grande Otelo, os vilões Hitler, Mussolini vencidos por nosso fabuloso Lênin. Que quadrilha hábil, ressonou até os momentos Amy Winehouse... O sol e seus planetas. Passou também a época de chuvas (...).

Quem se lembra da musica saudação do H²O?

[Ô mana Tê, ô mana Tê, ô mana Tê, I nine pra você! I nine pra você!]

Discografia:

H²O – Dois Humanos sobre Osasco (2006)

1. I want form Sereia – Maria
“I want form sereia
Cherei o suvaco da Maria
Estava muito grande
Os cabelos do suvaco da Maria (...)
I nine nine girl,
Coma mão José!”

2. É o Amor – Versão Rock
“Eu não vou negar que sou louco por você
Sou maluco pra te ver,
Eu não vou negar.”


3. Amigo
“Meu amigo, sempre ao meu lado estará
Meu amigo, jamais me deixará
E esse amigo, uma marcar lá deixou
Em meu coração você ficou!”

4. Sou mais Osasco
“Sou mais Osasco, pois como ovo com farinha
Sou mais Osasco, onde falta luz todo dia.
Sou mais Osascooooooo!”


5. Nostro Amigo
“Nostro amigo, sempre a mi lado estará
Nostro amigo, jamais me deixara
E este amigo una marca La deixou
Em mi coracion oste ficou!


6. My Nathany
“I pink girl my Nathany
I pink girl my I can to see
I pink girl I gottan free
I pink girl my…Nathany!”


7. Eu sou daqui
“Eu sou daqui, eu moro aqui
Eu sou daqui, eu moro aqui
Aqui tem barro, tem lamera e tem gari
Eu sou daqui, eu moro aqui!”

8. Escova Não
“Mudaram as progressivas
Aumentaram o formol (...)
Mamãe me dizia
-Macaca, sua juba não tem jeito não
Não adianta passar Hi Life, escova não,
Seu cabelo não tem salvação!”


9. Soca eu
“Beija eu,
Soca eu,
Bate e soca eu!”


10. Meu marido
“Hoje eu encontrei meu marido
Ele olhou para mim,
Viu minha prexana, tava peluda
Ele pediu pra eu raspar...”

11. (...)
“A vida é assim,
Levando a Alane
Até o morro decima!"

12. I want form Sereia – Maria – Versão Velório
[Lírico]
Elas: I want form Sereia.
Eles: Cherei o suvaco da Maria.
Elas: Estava muito grande
Eles: Os cabelos suvaco da Maria!

13. Parabéns Pra Você – versão pagode

H²O – Canções Natalinas (2007)

1. The Door
“The the the friiim
The the the friiim
The the the friiim the door...”

2. The Door
“ The the friiim
The door
The the door”


H²O – Greatest Hit´s – Deluxe Edition (2010)


Bordões:

- Dormiu cabeça com cabeça comigo (Letícia Alves)
- Bar? Eu não posso ir se não vou ficar falada, e não vou casar! (Cindy Eliane)
- Petro, Velentador, Lébisca, Tamano (Anderson Felipe)
- Letícia sua vadia (Elias Gonçalves)
- Teste drive com o diabo! (Letícia Alves)
- Vamu tomar uma Coquinha? (Jéssica Rayra)
- Tá bombando! (Letícia Alves)
- Minha mãe vai arrancar os cabelos da minha piriquita com a pinça! (Cindy Eliane)
- Bom Day Pra You (Letícia Alves)
- De repente... (Elias Gonçalves)
- Para que ta doendo! (Nathany Almeida)
- Meu namoro está por um fio. (Letícia Alves)
- Tá descendo que nem água! (Letícia Alves)

Mistérios não desvendados:

Clóvis bancário e namorado da Cindy (Ela jura que não, mas a Lê viu)
Alergreet Deeert Deeert (e-mails anônimos)
JACOBA? Por quê?
O namoro da Cindy com a Nathany. Até hoje não assumiram!

Filmes, Programas e Séries:

Tráfico Humano (Letícia Alves)
Antes que Termine o Dia (Cindy Eliane)
Lost (Todos)
Casos de Famílias (Todos)
Luzes do Além (Letícia Alves)
Mulheres Apaixonada (Cindy Eliane, Elias Gonçalves e Letícia Alves)
Meninos não choram (Letícia Alves)

Coreografias:

Late que eu to passando (Letícia Alves)
Single Ladies (Anderson Felipe)
Vai Tio (Anderson Felipe e Letícia Alves)
Créu (Letícia Alves)

Livros:

Piadas que só a Jé ri (Piadas narradas por Jéssica Rayra)
Piadas que nem a Jé ri (Coletânea de piadas)
A História da minha avó (História inédita nas terras em Minas Gerais)

Apelidos:

(os assuntos de inumeráveis conversas, ressaltam certos heterônimos)

Fedô
Sherek
A Ahhh
Bigodão
Carandiru
Caps Lock
Big Tasty
Faquinha
Britney, Beyoncé e Nelly Furtado
Down Down
Aderbal
Trigueza
Bosta

H²O - Pet ´s

Neste enredo houveram presenças inesquecíveis, muitos nos abandonaram sem deixar paradeiro, sem mesmo dizer adeus.

[viveu morreu na nossa história]

IN MEMORIAN:
Bolinha
Aquiles
Pitoco
Tobby
Renato
Puffy
Joseff (A tartaruga de brinquedo da Jé)

Outros ainda vivem na rotina...
Oscar
Silvetty (Mel)

Trilha Sonora

As musicas que nos fizeram e fazem cantar e nos motiva em manter a banda de maior sucesso de Osasco!

Ando Devagar – Almir Sater (H²O feat. Tiffy e Vê - aprendiz)

Na Sua Estante – Pitty (Todos)

Sem ar – D´Black (Anderson Felipe, Cindy Eliane e Jéssica Rayra)

Chuva de Poder – Eyshila (Todos)
“Chove chuva, chuva de poder, chove aqui na minha vida, chove que eu quero ver...”

B.Y.O.B. – System Of a Down (Jéssica Rayra, Nathany Almeida e Letícia Alves)

Call Me When you ´re sober – Evanescence (Anderson Felipe, Leticia Alves e Elias Gonçalves)

Mariane - Bruno e Marrone (Jéssica Rayra)
“No dia do aniversário do nosso namoro, acordei até mais cedo”

If I Were a Boy – Beyoncé (Anderson Felipe)

Perfect – Simple Plan (Cindy Eliane)

Estou pronto – Soraya Moraes (Todos)
“Estou pronto, sempre pronto, totalmente submisso a ti”

Because of You – Kelly Clarkson (Anderson Felipe e Cindy Eliane)

Milk shake – Bonde do Forró (Jéssica Rayra)

Amor I love You – Marisa Monte e Arnaldo Antunes (Elias Gonçalves)
“Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente”

Janta – Marcelo Camelo e Mallu Magalhães (Nathany Almeida)

Ilusion – Marisa Monte e Julieta Venegas (Cindy Eliane)

Parabéns da Xuxa – Xuxa
“Hoje vai ter uma festa, bolo e guaraná, muito doce pra você”

H²O - Multimarcas:

Restaurante Friend´s Forever
Coffe-Break Serviços Executivos – Olianove
Color-spray da Duro Hair – Linha produtos Capilares
Fish Banking – Serviços Financeiros
Blanc´Carre – Pufes Decorativos
Hermanas Futebol Club – Segmento Esportivo

Diante de cada passo dado, cada sonho, perdurem-se a cumplicidade construída, a conivência almejada. Sejam as mesmas, mudam apenas de tempo e que siga a reticência...


Anderson Felipe Neves
Cindy Eliane Cardoso dos Santos
Elias Gonçalves dos Santos
Jéssica Rayra Rodrigues Pimentel
Letícia da Silva Alves
Nathany de Almeida Miguel


Foi sem mim



Eu finalmente, depois de muito, entendi porque me exita tanto. Falasse logo de cara, mas alguns hábitos não mudam. Tu sempre correu de mim, lembra? E mantendo a rima, depois me chama de covarde, se quando corre faz o maior alarde!


Pior é que não há o que se fazer. Você partiu para uma viagem só, ao menos levasse uma pequena bagagem. Mas não, levou as mão nos bolsos. Puramente. Diz ir buscar o normal. Claro! Sou um monstro de três braços, cinco olhos e verde!


A verdade é que não quero ver sumir na paisagem. Ter hora marcada na agenda para sorrir de você. Justo que proclamou independência. Mas que cumprisse com aviso prévio. Desregulou meu itinerário.


Tenho vontade de mater em cativeiro, trancafiado por inúmeras chaves de vários tamanhos e correntes pesadas a grande árvore de raízes largas. Que parece com muitas outras arvores, mas é diferente. Tem o dom de ouvir. Que pensa em coisas tão simples, que nunca penso, que odeia o puro e ama o deformado.


Infelizmente ainda não consigo imaginar meu vagão-de-maria esfumaçando em outro trajeto sem cruzar a ponde admirável de bases de madeira. Sinto com se esta fosse a pior de nossas brigas. Aquela irreparável, sem desculpas, sem provocar, sem ficar de mal.


O mundo fez-se sério. E para alguns de nossos sonhos, resta a gaveta. O que mais me incomoda é que para aqueles que apontavam, um dia ela cruzará por outro corredor sozinha, e ríamos do absurdo de ser um individuo individual. Fosse sozinho quem quisesse! Sabíamos que o mais belo dos amores era infinito, porém, desprezamos compreender que o infinito tem um fim. Vá, antes que eu invente motivos bobos para segurar sua mão. Agora é sozinho, porque precisa ser.