terça-feira, 17 de agosto de 2010

Conversa poética

Sobre o amor


AP:
- Mensagens de saudade, um amor platônico, talvez. Intimou-a uma descoberta que se aflorou por entre as mãos. Rubor no rosto interrogativo. Resposta morna. Nem quente de clemência, nem fria de remissão. Permanece imaculada, a verdadeira distorção. Quem é que sabe? Só o coração.

EG:
- Amores platônicos, pulsantes ao coração, falado por bocas injúrias mornas. Entre paredes da sala, estampam a mais pura e bela infidelidade do perfeito. A bela moça também o fitava. Em coito, verdade, mas o prazer do platônico é limitar-se ao quase. Hoje ainda, aponta-se interrogativa o seu semblante, e eu um mero cúmplice de seus segredos.


Sobre a amizade


EG:
- Celebrar aqueles que compassam o mesmo comum, vivem os mesmos flertes de memória. Aos conjugues amigáveis de verdade, excitações, exclamações e outros ressentimentos, é ter porto ao navegar sem padecer de ser só. Um brinde ao nosso conluio, um brinde a nós!

AP:
- Sim, aprecio! Um brinde a nós. Um brinde a vida, a falácia do viver, brindar ao único, inusitado. Comemorar a arte de viver, no limite do ilimitado, na mentira mais verdadeira... Sentidos e sentidos. Sentir que ter alguém vale mais que ter a si próprio.




Um comentário:

  1. Uma chama que nunca se apagará: Nosso afeto.
    Parabéns Licki. Não é certo omitir, e com isso, confesso que chorei de emoção. Sinto saudades!

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