sexta-feira, 13 de agosto de 2010

In-confissões




São exatamente 02h42min de sábado. Segundo os meteorologistas do jornal, aproxima-se uma frente fria ainda nessa madrugada. Estivesse a conferir esse frio se não fosse a insônia, minha oportuna companheira. Conversei comigo mesmo sobre o decorrer do dia. Na verdade, as coisas que imaginei durante o dia. Pensamentos inacabados, pretensões, confissões que nunca fiz.

Tudo isso se deu, em primeiro instante, no ônibus. Estava com fones de ouvido, e assim como um surto, lembrei de coisas que nunca disse, e carrego comigo como souvenirs. Seria notório lembrar o que as impediu de serem ditas. Medo de inconveniência? Timidez? Não sei explicar ainda.

Agora são 02h51min, olhei meu twitter, passei por páginas do orkut. A tv está a passar uma comédia horrorosa de policiais. Talvez depois de ter escrito o parágrafo acima, busquei uma resposta que combinasse com a hesitação antiga.

Logo, correu-me um sutil incomodo por guardar posições que, se antes tivessem sido apontadas, tudo seria diferente, ou a mesma coisa sem o pesar dessa até então, inconsciente bagagem.

Uma vez me disseram (fazendo referência a uma especial amiga de sempre), que todos têm um não gratuitamente, e admirável é ser o que se é sem fugir de nada que pareça não ter solução. Não o fiz, mas acho que entendi hoje o que quis dizer.

Obrigado pelo conselho e pela foto!

Um comentário:

  1. A consciência é o primeiro passo, ainda, que não seja ação assim, por si só. Há tempo.

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