quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Avenue


Corpo negro que irradia mistério sob a minha minúscula refração, soluços ritimado. O pranto escorrendo dos olhos vermelhos. Longe foi amor que passou. Portas estreitas, janelas fechadas. Não pode acertar.

Alvo indefinido, forma perdida que muda de cor a cada passada de pernas. Um tanto entre o azul do céu e o do mar com o horizonte ao meio. Deixa confundir personagem de muito pouco a dispor. Na verdade, nada. Tamanhos diferentes que cabem em um mesmo corpo.

Só. Seguiu o caminho pela avenida deserta. Brotou algum outro que se perdeu logo em seguida. Permaneceu ainda com o ato. Nem todas as palvras ouvidas realmente foram ditas. Maldizer da afeição, consentir em ouvir. Entre o asfalto não mais que pedras.

Ainda, movimentam-se carros, faróis. Oscilam os sentidos. Amor, desamor. Um misto confuso em paralelo sob a calçada. Infinito limitado ao desejo, olhar e palpar. Tudo isso e mais nada, amor de paixão. A avenida foi reto ao soprar do silêncio que voou.