(Alguns sentidos prematuros esquecidos que reprisam a memória.)
Sentado em uma fila qualquer, em uma sala clara e alienante, defronte a muitos princípios duvidosos, estou eu voando alto em busca de consolidar-me com um grande amor.
O silêncio tomava conta de minha mente. Vagava o tempo em sua rotina redundante. Algo me prende atenção. Percebo que não estou só. Há alguém ao meu lado. Ela era linda. Subitamente, remeto meu olhar em sua direção. Seus longos cabelos, seu cheiro me encantaram. Como não a vi antes? Sorrio. Em resposta, recebo um simples olhar de quem deseja estar em outro lugar.
Surpreso, abaixo a cabeça. De certo aquilo me incomodou, mais deixei de lado. Ainda sobre efeito de emoção, tentei envolver-me com aquele ser frio e seco. Sua beleza era grande, mas sua expressão era provocativa transpareciam outra pessoa. Talvez para refugiar sua solidão.
Aproximei dela e toquei suas mãos. Nesse momento, a sala fria e vazia, encheu-se de calor como a chama de uma vela. Ela me seduzia. Parecia que derramava pelo toque de seu perfume a vontade de ser minha. Meu peito latejava. Tinha necessidade de conquistá-la. Era atraído como um imã. Senti bufar de excitação.
Quando de repente, fui atirado contra a parede. Pude perceber sua respiração ofegante sobre meus ouvidos. Achei que ela correspondia minha tentação ardente em ter em meus braços, pois nasci e nunca vi uma mulher. Eu delirava. Deitamos e fizemos como primatas que se devoram rapidamente e extinguem a vontade.
Senti a penetração em seu ligamento minúsculo. Seus seios sob minhas palmas. Era moldada para encaixasse em meu corpo. Gemidos vagarosos me enlouqueciam. Só queria ficar ao seu lado. Seu corpo, seu olhar, seu coração. A vela se apagou.
Abril, 2007.
Abril, 2007.
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