sábado, 17 de outubro de 2009

Desconcertado

A cada dia que passa o raso torna-se profundo. E a piscina já não é mais a mesma. Entre dragões indomáveis que cospem fogo e o fogo que inflama a carne, o osso, alma humana. A decadência propõe surgir e se alojar como uma inesperada visita.

O dia insiste em ser frio acompanhado de uma chuva fina sobre o asfalto cinza. O sorriso foi desmanchado. A casa está no chão. Não houve porta que se fechasse, palavra que confortasse ou mesmo algum principio que controlasse a tortura das mãos tremulas. Faltou chão aos pés.


O herói de infância não veio. O relógio não parou e já não se pode mais atrasar as horas. A chave foi roubada. E a dama negra festeja mais uma vitima julgada a um regime injusto sem qualquer tipo de lei que revogue a sentença. Logo, todos diante da face pálida são mártires que lamentam o ocorrido. Foi o que aconteceu.

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