Sobre o amor
AP:
- Mensagens de saudade, um amor platônico, talvez. Intimou-a uma descoberta que se aflorou por entre as mãos. Rubor no rosto interrogativo. Resposta morna. Nem quente de clemência, nem fria de remissão. Permanece imaculada, a verdadeira distorção. Quem é que sabe? Só o coração.
EG:
- Amores platônicos, pulsantes ao coração, falado por bocas injúrias mornas. Entre paredes da sala, estampam a mais pura e bela infidelidade do perfeito. A bela moça também o fitava. Em coito, verdade, mas o prazer do platônico é limitar-se ao quase. Hoje ainda, aponta-se interrogativa o seu semblante, e eu um mero cúmplice de seus segredos.
Sobre a amizade
EG:
- Celebrar aqueles que compassam o mesmo comum, vivem os mesmos flertes de memória. Aos conjugues amigáveis de verdade, excitações, exclamações e outros ressentimentos, é ter porto ao navegar sem padecer de ser só. Um brinde ao nosso conluio, um brinde a nós!
AP:
- Sim, aprecio! Um brinde a nós. Um brinde a vida, a falácia do viver, brindar ao único, inusitado. Comemorar a arte de viver, no limite do ilimitado, na mentira mais verdadeira... Sentidos e sentidos. Sentir que ter alguém vale mais que ter a si próprio.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
In-confissões
São exatamente 02h42min de sábado. Segundo os meteorologistas do jornal, aproxima-se uma frente fria ainda nessa madrugada. Estivesse a conferir esse frio se não fosse a insônia, minha oportuna companheira. Conversei comigo mesmo sobre o decorrer do dia. Na verdade, as coisas que imaginei durante o dia. Pensamentos inacabados, pretensões, confissões que nunca fiz.
Tudo isso se deu, em primeiro instante, no ônibus. Estava com fones de ouvido, e assim como um surto, lembrei de coisas que nunca disse, e carrego comigo como souvenirs. Seria notório lembrar o que as impediu de serem ditas. Medo de inconveniência? Timidez? Não sei explicar ainda.
Agora são 02h51min, olhei meu twitter, passei por páginas do orkut. A tv está a passar uma comédia horrorosa de policiais. Talvez depois de ter escrito o parágrafo acima, busquei uma resposta que combinasse com a hesitação antiga.
Logo, correu-me um sutil incomodo por guardar posições que, se antes tivessem sido apontadas, tudo seria diferente, ou a mesma coisa sem o pesar dessa até então, inconsciente bagagem.
Uma vez me disseram (fazendo referência a uma especial amiga de sempre), que todos têm um não gratuitamente, e admirável é ser o que se é sem fugir de nada que pareça não ter solução. Não o fiz, mas acho que entendi hoje o que quis dizer.
Obrigado pelo conselho e pela foto!
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
decifra-me
Ela que diferente de tantas outras, em frente ao espelho, batom vermelho, o salto alto e as curvas à mostra. Nua. Nua de amor.Tudo que conhecia era o prazer, corpo. Só.
Tantos viram seus olhos estreitos, tantos lhe escreveram poemas. Os que dançaram tango até as 03h 41 min da manhã. Os que lhe pagaram drinques e juraram amor eterno. A esses que nem o nome sabia. Carlos, João, Antônio...Não se importava com números. A cada um fazia-se única, era mais que casualidade. Havia estado em varios mundos, porém ninguém decifrava o seu.
Tantos viram seus olhos estreitos, tantos lhe escreveram poemas. Os que dançaram tango até as 03h 41 min da manhã. Os que lhe pagaram drinques e juraram amor eterno. A esses que nem o nome sabia. Carlos, João, Antônio...Não se importava com números. A cada um fazia-se única, era mais que casualidade. Havia estado em varios mundos, porém ninguém decifrava o seu.
rapta-me
me adapte-me
me capta-me
it´s up to me
coração
ser querer ser
merecer ser
um camaleão
rapta-me camaleoa
adapte-me ao seu
ne me quitte pas...
Caetano
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010
bird
você é isso
estrela matutina
luz que descortina
um mundo encantador
estrela matutina
luz que descortina
um mundo encantador
uma beleza imensa
toda recompensa de amor sem fim
(...)
Eu ouvi um cantar.
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